segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Agressividade na infância

Fragilidade e insegurança são os principais motivos que ocasionam comportamentos agressivos nas crianças, podendo resultar em ferimentos nela própria e em outras pessoas. Situações como o nascimento de um bebê na família, separação dos pais ou então a perda de algum parente próximo contribuem para a mudança repentina de agir do filho.
As crianças são totalmente emocionais e pouco racionais. Não sabem lidar com os sentimentos, por isso podem expressá-los por meio de atos agressivos.
A agressividade não é um traço de personalidade. Se a criança está agressiva certamente ela está sendo influenciada pelo cotidiano familiar e, em menor escala, por fatores externos, como a televisão, amizades, entre outros.
Os pais devem ficar preocupados quando as atitudes perturbadoras se tornam prolongadas. Às vezes, as crianças apresentam uma agressividade não apenas passageira. Mas permanente, ou seja, parecem estar sempre provocando situações de briga. Este é o momento de entrar em ação.
Observar muito bem cada atitude e manter o diálogo são os primeiros passos para descobrir a causa do problema. Muitas vezes a criança pode estar vivendo situações de conflito, seja em casa ou na escola, que o faça desempenhar algum tipo de papel, agredindo e deixando-se agredir, como conseqüência desta dinâmica em que pode estar inserido.
O comportamento hostil geralmente se origina por inúmeras razões: dificuldade de relacionamento com outras crianças: algum tipo de abuso ou humilhação por parte dos adultos: pais que evitam dizer “não” quando necessário (podendo transformar em uma criança possessiva) ou excesso de cobrança.
Nesses casos, a criança precisa de ajuda, mais do que punição. Torna-se urgente ajudá-la. Por meio de muita observação e diálogo, para que possa interromper esse ciclo de violência. É recomendada a Judá de um especialista, que orientará os pais sobre a maneira correta de proceder.
É importante também manter uma relação de cumplicidade entre a família e a escola. Saber sobre o comportamento da criança fora de casa e informar a professora sobre os problemas percebidos podem ser fundamentais. Muitas vezes há uma melhora quando a criança percebe que os pais enxergaram o problema.
Como se percebe, o afeto é o caminho mais tranqüilo e menos doloroso para arrancar a tensão de dentro da criança. Basta saber usá-lo!

Texto: Ana Carolina B. C. Boriollo – Psicóloga